(function(h,o,t,j,a,r){ h.hj=h.hj||function(){(h.hj.q=h.hj.q||[]).push(arguments)}; h._hjSettings={hjid:174945,hjsv:6}; a=o.getElementsByTagName('head')[0]; r=o.createElement('script');r.async=1; r.src=t+h._hjSettings.hjid+j+h._hjSettings.hjsv; a.appendChild(r); })(window,document,'https://static.hotjar.com/c/hotjar-','.js?sv=');

PIB do Brasil cresce 1,4% e revela força do agro e fraqueza do mercado interno

Publicado 03.06.2025, 10:20
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre imediatamente anterior. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o avanço foi de 3,5%, totalizando R$ 3,0 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (30).
 
À primeira vista, a notícia parece positiva — afinal, estamos crescendo mesmo com juros elevados. No entanto, os números escondem uma realidade incômoda: o crescimento está altamente concentrado em um único setor.
 
O avanço foi puxado pela agropecuária, que cresceu 12,2% no período. Esse resultado já era esperado, pois o agronegócio tem sido, há anos, o grande responsável por sustentar a economia brasileira. Mesmo enfrentando obstáculos políticos e sanitários — como críticas da Europa sobre a qualidade dos produtos e o recente surto de gripe aviária no Sul — o setor segue resiliente, muito graças ao papel estratégico da Embrapa.
 
Enquanto isso, os serviços avançaram apenas 0,3%, e a indústria recuou 0,1%, praticamente em estabilidade.
 
Por que só o agronegócio cresceu?
 
Há muitas explicações possíveis, mas a mais imediata está nas altas taxas de juros. Nos primeiros meses do ano, fatores internacionais também pesaram: a nova gestão de Donald Trump iniciou medidas protecionistas, como tarifas mais altas sobre produtos importados, prejudicando cadeias globais e afetando diretamente a indústria brasileira.
 
O cenário interno foi ainda mais delicado: a inflação dos alimentos subiu com força. Em março, o índice foi de 1,09%, acima dos 0,61% de fevereiro. Em 12 meses, os preços acumulam alta de 7,42%. O câmbio elevado — com o dólar acima de R$ 6,00 no início do ano, alcançando picos de R$ 6,30 — também contribuiu para o ree de custos ao consumidor.
 
Para conter a inflação e manter a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, o Banco Central subiu a taxa Selic de 13,25% para 14,75% ao ano, com projeções de novas altas até 2026.
 
Juros altos encarecem o crédito e desestimulam o consumo e o investimento. Como dizia John Maynard Keynes, o bom funcionamento de uma economia depende do fortalecimento da demanda interna. Quando o mercado interno é fraco, a economia se torna vulnerável a choques externos e cresce de forma desequilibrada.
 
O agronegócio segue gerando bons resultados, mas depende fortemente dos mercados norte-americano, europeu e chinês. Para termos uma economia mais robusta e menos suscetível às oscilações internacionais, é preciso estimular o consumo, a indústria e o mercado interno.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.