- Os mercados globais operaram com cautela diante da proximidade do relatório de empregos dos EUA e da possível conversa entre Trump e Xi Jinping.
- Os futuros do S&P 500 registraram leve alta, mas sem força, após o fechamento praticamente estável do índice na sessão anterior.
- Com o índice sustentado acima de médias móveis relevantes, um rompimento da resistência nos 6.000 pontos pode abrir espaço para nova valorização.
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Os mercados acionários globais avançaram de forma contida, com a maioria dos investidores preferindo manter posições cautelosas à espera do aguardado relatório de emprego dos EUA nesta sexta-feira e de uma possível conversa entre os líderes das duas maiores economias do mundo para retomar as negociações comerciais.
Na Europa, o DAX alemão renovou sua máxima histórica, com o foco voltado ao BCE, que deve anunciar mais um corte na taxa de juros, decisão amplamente antecipada e que, por isso, dificilmente deverá alterar o sentimento dos mercados.
No Japão, os títulos públicos de longo prazo tiveram forte valorização após um leilão de dívida de 30 anos com demanda acima do esperado, aliviando a recente volatilidade no mercado de renda fixa. A queda nos rendimentos japoneses ajudou a acalmar os mercados e deu e moderado aos ativos de risco.
Nos EUA, os contratos futuros do S&P 500 subiam 0,1%, mantendo o ritmo lento após o índice ter encerrado a sessão anterior praticamente estável. Já os metais preciosos voltaram a se destacar, com a prata (silver) ultraando os US$ 35 pela primeira vez desde 2012.
Quando será a ligação entre Trump e Xi?
Em uma publicação nas redes sociais ontem, Trump descreveu Xi como “extremamente difícil de fechar acordos”, embora tenha ressaltado que “gosta” do presidente chinês, um exemplo clássico da ambiguidade que marca a comunicação do presidente norte-americano. Ainda assim, o mercado aposta, ou pelo menos espera, que uma conversa direta entre Washington e Pequim possa aliviar, ainda que temporariamente, as tensões comerciais.
Esse possível contato pode funcionar como novo catalisador para os mercados. Porém, a maioria dos investidores tende a manter uma postura cética quanto à possibilidade de avanços duradouros na frente comercial. Afinal, as tarifas de 50% sobre aço e alumínio já estão em vigor, deixaram de ser apenas uma ameaça e se tornaram política oficial. Portanto, é crucial que a ligação entre Trump e Xi gere resultados concretos rapidamente para que o otimismo recente tenha fundamento.
Dados fracos nos EUA aumentam expectativa de corte de juros pelo Fed
Ironicamente, os leves ganhos observados nas bolsas nos últimos dias têm sido sustentados em parte pela fraqueza dos dados macroeconômicos, o que reforça a perspectiva de que o Federal Reserve possa antecipar o corte de juros. Embora o relatório JOLTS de abril tenha superado as projeções, o restante dos indicadores divulgados esta semana decepcionou.
Na segunda-feira, o índice ISM de manufatura veio mais fraco, seguido por um resultado decepcionante do payroll da ADP (37 mil vagas criadas, contra expectativa de 114 mil). Além disso, o ISM de serviços voltou a indicar contração, com leitura de 49,9 ante expectativa de 52 e número anterior de 51,6. Houve quedas expressivas nos componentes de atividade empresarial (-3,7 pontos) e novos pedidos (-5,9 pontos), enquanto o subíndice de emprego voltou à zona de expansão, marcando 50,7.
Esse conjunto de dados fracos reforçou a visão de que a guerra comercial promovida por Trump pode estar causando mais danos à economia do que se imaginava. Embora o número de pedidos semanais de seguro-desemprego divulgado hoje receba alguma atenção, o destaque da semana é o relatório de criação de empregos fora do setor agrícola, a ser divulgado na sexta-feira.
As previsões indicam uma desaceleração no ritmo de contratações, com projeção de 127 mil novos postos, contra 177 mil registrados anteriormente. A taxa de desemprego deve se manter estável em 4,2%.
Para ser capaz de provocar uma mudança de humor mais relevante nos mercados e reacender a volatilidade, o dado de sexta-feira precisaria surpreender consideravelmente para baixo. Até lá, os investidores devem seguir em como de espera, à espera do contato entre Trump e Xi. Caso esse diálogo decepcione ou o payroll venha abaixo do esperado, ou ainda se os rendimentos dos títulos voltarem a cair, as bolsas podem enfrentar nova pressão.
O cenário, portanto, segue cercado de riscos, resta saber se Trump conseguirá manter os investidores confiantes.
Análise técnica e perspectivas operacionais
Do ponto de vista técnico, os futuros do S&P 500 mantêm viés altista, mas com sinais de perda de força. Um rompimento consistente da resistência em 6.000 pontos poderia abrir caminho para uma nova tentativa de alcançar a máxima histórica de fevereiro, nos 6.157 pontos. Caso a barreira em 6 mil resista, será necessário observar uma reversão baixista completa, com rompimento de es importantes, para que o mercado adote uma leitura negativa.
Até o momento, os vendedores seguem em desvantagem, com o índice sustentado acima das médias móveis de 21 e 200 dias, configuração que sugere perda de controle por parte dos vendedores. Os principais es de curto prazo estão nos 5.900, 5.872 e 5.837 pontos.
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